O quadro de trombose do viajante, também conhecido por trombose venosa profunda, é uma entidade clínica que pode ocorrer em passageiros durante ou imediatamente após o voo.
Outra denominação para a trombose do viajante é o de doença tromboembólica, descrita pela primeira vez durante a II Guerra Mundial, em Londres, acometendo pessoas que necessitaram ficar, por logo tempo, sentadas em abrigos antiaéreos.
A trombose venosa profunda caracteriza-se pela formação de coágulos ou trombos no interior das veias de grande calibre dos membros inferiores e tronco.
A trombose venosa profunda tem uma estreita relação de causa e efeito com a prolongada imobilidade do indivíduo na poltrona da aeronave, durante o período da viagem.
O termo, síndrome da classe econômica, utilizado para esses quadros de trombose venosa profunda, é uma denominação incorreta, uma vez que pode ocorrer com passageiros de outras classes de viagem, assim como de outros meios de transporte que não o aéreo.
Tem-se sugerido a denominação de trombose do viajante por defini de forma mais correta, o quadro de trombose venosa profunda relacionada ao aspecto viagem.
O WRIGHT (World Health Organization Research Into Global Hazards of Travel) é um grupo de estudo que vem investigando os quadros de trombose venosa profunda dos passageiros que utilizam o avião como meio de transporte.
No Brasil, existe uma entidade denominada de Centro de Informações em Saúde para Viajantes (CIVES – www.cives.ufrj.br -), ligado à UFRJ, funcionando no 5º andar do Hospital Universitário na Ilha do Fundão/RJ, que presta consultoria para pessoas físicas e empresas sobre todos os problemas relacionados às viagens, incluindo os casos suspeitos e confirmados de trombose venosa profunda.
Também em São Paulo, há um centro de referência para informações, estudo e tratamento de distúrbios relacionados às viagens e aos viajantes, localizado no “Ambulatório dos Viajantes do Hospital das Clínicas da FMUSP”.